Segundo o professor Eugenio Bucci, "... a ‘supermodernidade’ se caracteriza pelo excesso: a superabundância de fatos, de espaços superpostos e de referências de todo tipo. A ‘supermodernidade’ se define pelas superconcentrações de acontecimentos (tudo acontecendo ao mesmo tempo) num planeta que se encolhe cada vez mais, pois os pontos de trânsito (aeroportos, aviões, meios de comunicação) ganham mais densidade, mais volume e mais velocidade.”
Me desafiei em busca de captar imagens que pudessem traduzir esse conceito. Fui aos aeroportos, supermercados, rodoviárias, shoppings, estradas, metrôs, ônibus, em busca dessas instalações que são construídas e servem de passagem. Elas não constituem espaços dotados de identidade histórica. As pessoas transitam por elas e não deixam suas marcas e raízes. São espaços que não arquivam a memória dos transeuntes – nem deixam lembranças nos transeuntes. Nada é fixo, tudo se desloca.
https://issuu.com/sesc_santana/docs/sesc_impresso_monica
Um lugar que não existe
Para o Caderno Aliás | jornal O Estado de S. Paulo, 2013
Raízes e Asas
Exposição Sesc/Santana, Curadoria Nair Benedicto, 2016.